Património


Portugal visto por Saramago

"Viaje segundo um seu projecto próprio, dê mínimos ouvidos à facilidade dos itinerários cómodos e de rasto pisado, aceite enganar-se na estrada e voltar atrás, ou, pelo contrário, persevere até inventar saídas  desacostumadas para o mundo. Não terá melhor viagem. E, se lho pedir a sensibilidade, registe por sua vez o que viu e sentiu, o que disse e ouviu dizer."

In Viagem a Portugal, 1991



Mosteiro de Lorvão


A fundação deste mosteiro tem sido envolta em várias lendas, recuando até ao século VI, aquando foi identificada como paróquia suevo-visigótica.
Os primeiros documentos escritos datam depois da primeira Reconquista de Coimbra, em 878, entre os quais surgem testemunhos da existência de uma comunidade que terá desempenhado um importante papel no fomento agrário e repovoamento da região.
Os monges de Cluny, que vieram fundar o Mosteiro de Lorvão, dedicaram-no aos mártires São Mamede e São Pelágio. 
No século XII, foi doado à Ordem de Cister, passando a ser uma congregação feminina.
Após a Revolução Liberal (1832-1834), com a consequente extinção das Ordens Religiosas em Portugal, verificou-se a depredação de muitos dos bens seculares do mosteiro. Em 1853, com autorização das freiras, Alexandre Herculano  levou o Apocalipse do Lorvão para a Torre do Tombo.
A última freira veio a falecer em 1887, cumprindo-se a ordem para a extinção do Mosteiro de Lorvão - em funcionamento até à morte da última religiosa.
Presentemente, o património artístico de Lorvão encontra-se disperso por diferentes Museus Nacionais -  destaque para o espólio existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, na Biblioteca da Universidade de Coimbra, e no Museu Nacional de Machado de Castro, também em Coimbra.
Abandonado durante a primeira metade do século XX, foi restaurado pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.
Para visitar, saiba mais aqui.








Sem comentários:

Enviar um comentário